sábado, 7 de maio de 2011

De Verdade

Quero amor assaz, que me cale,
carícias pagas com meu amor,
sinceridade, amar sem temor,
paixão, e que ódio não fale.

Quero compreensão, poder ficar,
Não um coração tão lânguido,
tão estreito, puro, mas sofrido,
companheirismo, sem ter mal-estar.

Quero a mim mesmo, tenho dito,
pois somente eu me suporto,
não me firo, eu só me consolo.

Paixão, não somente um fito,
amor vivo, e não ódio morto,
quero ser feliz, não mero tolo.

Mar

De saudade que é feito o mar,
Do choro de quem espera alguém,
Pra muitos, essa água se fez lar,
Lar arredio, lar de vai e vem.

Mar composto de mil histórias
Afunda pesadelos, traz sonhos,
Desfaz temores, traz memórias,
Ante ao mar, somos exíguos.

Este vai e vem da onda mente,
Toma pra si amores de outrem,
Ama-os com toda imensidão.

Quis do mar ser independente,
Mas se não vou a ele, ele quem vem,
Então me traga em sua direção.

domingo, 17 de abril de 2011

Soneto fraternal

Brinquedos de batata, livros devorados, e ingenuidade,
tudo que quero é a vida simplória novamente,
dessas que a gente recebe mais carinho enquanto doente,
e pouco nos importa dinheiro, ou a vaidade.

Quero o garoto estudando no quarto,
ansioso em rever os poucos amigos,
e não o homem distante deste companheiros antigos,
pois desta figura sem tempo, estou farto.

Não terei saudade porém desta rotina,
onde já não somos todos por um,
sendo apenas eu, lutando pelo resto.

Quando não os vejo, isso me desatina,
soa como que desses amigos não sou nenhum,
mesmo a verdade sendo que, não sou pra essa rotina.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sobre o desgaste desnecessário

Como quando me exaspero, e sei que aquele não sou eu,
sei que em seus atos, há muito pouco de você,
e mesmo caminhando num sentido contrário ao meu,
sinto que se entrega cada vez mais a minha mercê.

Não vejo porque tanta jogatina,
quando tudo que queremos é sossego,
tanta é a desconfiança, que esta me desatina,
e transforma tal sossego, em notório desapego.

Ainda assim, é ilibado o meu amor,
que no intracosmo agiganta-se a cada sorriso seu,
mas timidamente se retira, e aquieta esse ardor,
quando não enxerga que tem de ser minha, para ser seu.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sobre economizar - e viver ainda assim

Prefiro não economizar.
Prefiro não reter meu sorriso, não conter minhas idéias, e derramar lágrimas mesmo quando me tomam por fraco.
Prefiro sentir saudade.
Ter algo para se recordar, e amigos para sanar deficiências que o tempo nos dá.
Sou muito mais gastar comigo, que economizar para meu onírico. Mas não pense você que isto quer dizer que não planeje meu descanso ou algo parecido, é justamente o avesso disto, posto que, hoje, gasto muito mais vivendo, do que planejando viver, ainda que, confesso, me encarrego de traçar possíveis aventuras futuras.
E talvez, o que economistas não entendam é que, saber calcular é necessário para a vida, sobretudo é necessário viver para se calcular. Existem ainda os momentos em que mal podemos calcular as estrelas duma noite, ou os sorrisos que já abrimos antes que as rugas se tornassem clichês no espelho, e isto, bem, isto leva a baixo qualquer argumento a respeito da teoria da vida.
Prefiro ser eu mesmo, gostando do que gosto, e vivendo a minha maneira. Sempre recebendo os mesmo apelidos, e esforçando-me para que os sorrisos venham antes dos cifrões na minha lista de prioridades.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sobre sentir, e deixar que esvaiam-se partes de mim

Há tempos, deixei de ver, para sentir.
E sinto, numa intensidade indescritívelmente minha.
Outrora sentia o vazio, repleto de sua insignificância,
hoje sinto-me tão preenchido, que chego a transbordar em tudo que faço um pouco de mim.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Tem uma cama na minha sala

Tem uma cama na minha sala.
Tentei recostar-me nela, sem sucesso.
Não entendo o por que, logo ali na minha sala, uma cama onde não posso descansar-me nela.
Tem uma cama na minha sala...Dentre outras peculiaridades mais.